25/10/2010

MARKETING. UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO.

Eu não assisto TV aberta. Emburrece. Ao invés disso eu me encho de estatísticas e referências comunicacionais como Meio e Mensagem, Revista Propaganda, Blogs sobre comunicação e psicologia e Doutor House e Diogo Mainard. Agora é óbvio que a maioria dessa informação a qual eu me esforço para adquirir caso eu precise para embasar ou contextualizar uma idéia em uma reunião é derrubada por uma referência qualquer como Orkut. Isso acontece muito. O Orkut no nosso mercado virou uma referência estatística.

Assistindo a dois dias atrás o canal Management TV fiquei abismado e cativado com uma cadeia suiça de hotéis onde o gerente de marketing estava contratando uma química alemã, especialista em aromas, para determinar e criar um novo cheiro para essa cadeia. Me vi tão distante da maturidade profissional.

Em 2009 a bebida energética Redbull que ja faz quase doze anos de Brasil vendeu alguns bilhões de unidades no mundo, umas 3 bilhões e mais uns trocados. Só no Brasil em 2008 foram 150 milhões e sabe la quantas. Depois de uma pesquisa descobriram que o investimento em mídias sociais pode ajudar no crescimento das vendas se tratadas essas mídias como apoio de ações promocionais. Já não me vejo tão longe dessa realidade.

As plataformas midiáticas estão se transformando e nosso mercado não está participando. Nosso varejo é bizarro e nossas agências se acostumaram a vender no grito graças ao advento do garoto propaganda mala. A insegurança se apoderou dos clientes que não vêem em seus atendimentos um porto seguro. O leva e trás se transformou em regra.
Enquanto isso a Apple investe em marketing de experiencia, empresas de cosméticos investem no marketing de sensação, em cheiros, tato e aproveitando a visão do consumidor com a utilização de cores e luzes mais brandas ou fortes dependendo de como e do que querem vender. Tecnologia é luz branda? É, mas não basta. Me vejo a milhões de anos disso.

No início desse ano o New York Times e Wall Street Jornal entraram numa guerra pela venda de mídias baseando-se nas estatísticas de gênero e de venda. Os donos de ambos jornais celebraram a "notícia". Em tempos como esses ainda existe gente que compra jornal. Eu penso o contrário.
E a responsabilidade Social. E o Ipad? E a utilização discriminada de sacos plásticos? E o carbono zero? Será que esses assuntos estão tão distantes quando se trata de vender um produto ou vender mídia? O cliente sabe de tudo isso?

Esse feriadão fiquei em casa enclausurado lendo, assistindo e navegando sobre estatísticas, cliente e estratégias de marketing alternativo, se é que isso existe, distantes de nossos litorais e mais distantes ainda de nossas mesas de reuniões e brainstorms. Depois de tanta informação e reflexão sobre o assunto já não me vejo assim tão distante. Por que da mesma forma que essa informação chegou até aí em você, um dia ela chega no cliente. É o futuro da comunicação. Aqui em Belém. Imperdível.

Um comentário:

Yan Fernandes disse...

A propaganda paraense tem se tornado intacta, sem novos atrativos, sem nada pra arregalar os olhos e soltar um "PQP!". Creio que o primeiro flashmob em Belém foi no círio, do Diario do Pará. Estamos atrasados? Ou não precisamos investir em mídias alternativas?

Responsabilidade social é a bola da vez. Mas sem usar isso apenas para aparecer na mídia como "empresa biosustentável" e boazinha.